Que eu não vi nada de mais em Santiago não é mais novidade pra ninguém (ainda teremos alguns posts sobre coisas por aqui), mas a minha busca por uma injeção de adrenalina está incansável.

Por isso, tirei meu último o dia para conhecer essas duas cidades SUPER-RECOMENDADAS pelos viajantes e amigos. A primeira, Valparaíso, conhecida por ser um dos grandes centros educacionais do país e PATRIMÔNIO DA UNESCO – e eu não posso ver um patrimônio que já quero entrar!

ME SEGURAAAAAAA!


A priori, os passeios com agência de turismo pra lá custam, em média US$ 65 DOLS.
Obviamente, tô fora, já gastei minha cota de investimentos por aqui, e fui por meios tradicionais: metrô + ônibus.


É super simples, mesmo. Pela linha vermelha, você vai até a estação Universidade de Santiago ou Pajaritos. Eu fui pela primeira e, logo que você desce, tem a sinalização para o Terminal de Ônibus. Ali, existem algumas empresas que fazem esse trajeto: Condor, Pullman e eu escolhi a Turbus. Ah, o bom é que saem ônibus a cada 15/20 minutos, então você nunca espera muito.

Comprei minha passagem com destino a Valparaíso e paguei $ 2.700/chilenos (R$ 15).
O tempo estimado de viagem é de 1h40 / 2h

Os ônibus são legais, assentos reclináveis, ar condicionado, carregador de celular e tal.

PRONTO, CHEGUEI!
TALOKEI e agora?

A chegada pela rodoviária é o padrão: gente gritando por todos os lados, tudo sujo, taxistas te pegando pelo braço e aquilo que a gente já sabe. 

Bom, eu fui pra lá querendo conhecer La Sebastiana, uma das casas do poeta Pablo Neruda – que é uma Casa-Museu e, conversando com uma chilena, ela recomendou que eu não pegasse um taxi, mas um micro-ônibus.
Peguei o 612 e paguei apenas $ 400 (R$ 2). Desci lá.

Putz grila, bicho. TODAS as ruas estavam vazias, como um domingão ou um feriado prolongado, sabe? Nenhuma alma viva, nenhum estabelecimento aberto, mas caminhei até a tal Sebastiana.
E OLHA QUE SURPRESA: NÃO VAI TER NENHUMA FOTO, PORQUE FIQUEI PISTOLA E NÃO TIREI. CLARO, TODOS OS MUSEUS DO CHILE FICAM FECHADOS ÀS SEGUNDAS-FEIRAS.

O prêmio de consolação foram essas fotos que tirei em frente.

Ah, pra piorar a situação, o chip que comprei aqui tinha uma validade X, mesmo tendo saldo. OU seja, minha conexão foi INTERROMPIDA. Então é aquela coisa: abre o Maps, acha o sentido que você precisa ir e vai. Não tem outro jeito, ainda mais, porque a rua tava deserta.

Nessas, encontrei o MUSEU A CÉU ABERTO, cheio de paredes desenhadas, graffitadas, coloridas, como manda o protocolo. Como a cidade tem bastante morro, você vai caminhando por becos, alguns sem saída. As vezes dá a impressão de ser perigoso, mas juro que não sei se é. Simplesmente passei por onde o vento me levou.

Vou resumir, porque senão vai ficar muito chato. Achei um lugar pra comer e só tinha swarma ou sanduíche (pra variar). Peguei esse sanduíche que eles chamam  de Pita – a opção vegetariana era MUITO boa, um ceviche de lentilha (?). Paguei barato, aliás = $ 1900 (R$ 10 golpes).

Depois, fui até o FAMOSO CERRO CONCEPCIÓN, que se tem uma vista linda da cidade. Achei a entrada do tal elevador, paguei $ 100 (R$ 0,60) e foi essa a vista.

Achei bonito, mas tava super bodiada. Andei a cidade toda e meu caminho era um grande camelódromo, cheio de gente te cercando… me senti assim: 

EXPECTATIVA

REALIDADE





Então, resolvi ir pra Viña del Mar.

Descobri que dava pra pegar outro micro-ônibus pra chegar em Viña, o 213 (mas tem vários que vão) e me cobraram $ 530 (R$3 Dilmas). 


No caminho, passei por outro ponto recomendado pelos turistas: o mercadão. Deixo essa foto pra vocês tirarem suas conclusões. E não, não desci. 

Vocês me dizem….

Seguindo viagem, haviam me dito que VOCÊ PRECISA IR NO TAL RELOJ DE FLORES. Pois bem, parei nele. Ai gente… Jura?

QUE HORAS SÃO? HORA DE IR EMBORA

Meu bode já foi às alturas. Ali ainda tinha para conhecer um cassino (not), o Fonk –  museu dedicado a Ilha de Páscoa (fechado) e chega. Tirei essas fotos na praia e decidi que queria voltar pra Santiago.

Pra ajudar, o terminal de ônibus tava a kms de distância e tive que embarcar na lotação em horário de rush.
OBS: o trajeto de volta não teve o mesmo valor e custou $ 3000 (R$ 17). Só pra constar.

Cheguei aqui em Santiago às 20h30  e nesse horário cheguei a uma conclusão também: não sei se sirvo para fazer passeios turísticos como esses. Claro que com Museus fechados, sem essa imersão cultural que eu amo, sem conexão e com esses perrengues não seria tão agradável quanto pegar um dia ensolarado, com um itinerário formatado e tudo mais.

Mas o que eu senti mesmo é que os astros entre Tassi e Chile não se alinharam nesses 14 dias que passei aqui. Eu, pessoalmente, senti falta de ver e vivenciar a personalidade local… não vibramos na mesma sintonia, infelizmente – ah, vale ressaltar que o clima-tempo deve ter ajudado na minha má impressão. Tava cinza, meio frio, tudo estranho. 

Se eu acho que vale a pena, acho que sim.
Talvez eu não tenha dado sorte, talvez eu esteja, realmente, meio cansada daqui, mas acho que toda e qualquer experiência sempre é válida.

Só recomendo que você planeje bem a sua ida, seus pontos de parada, seus meios de locomoção (recomendo esses transportes do post super), seus horários e blá blá blá.
E uma coisa é certa, não tem certo e errado, tem bons e maus dias, tem aquilo que um gosta e outro não e por aí vai.

Mas tenho certeeeeeza que se tivesse sol, eu teria 85% de chance de ter escrito outro texto.
😉



 


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